SE ALGUEM PERGUNTAR POR MIM

Ano passado resolvi começar a escrever minha biografia.
Fiz curso e tudo. Muito bom. Comprei livros e arrumei os cadernos.
Também resolvi fazer a mala e viajar. Lisboa primeiro destino.
Depois Covilhã, outro lugar e Porto.
Ai os livros começaram a pesar e segui para Espanha, voltei para Portugal e de novo Espanha.
Dois meses.
Parti para Norwich e de la para Londres.
Os livros pesaram cada vez mais e a biografia ficou cada dia mais distante.
Como escrever sobre o passado com um presente tao agitado?
O futuro ficou mais perto e a vontade de saltitar de la para cá, aqui para acola, foi aumentando e se tornou patológica.

BUÉ DE PALPITES esta mudando de cara.

Estou lhe convidando para seguir comigo uma viagem.

Vou contar detalhes de cada parada, de cada local visitado e compartilhar fotos, fatos e dar palpites.

E se alguém perguntar por mim, diz que fui por ai, sem violão em baixo do braco mas de scarfe que eu Adoro.

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Desconstruir a fala.
Diariamente utilizamos expressões e palavras muito inadequadas em dias de liberdade.
Casal, por exemplo.
Eu, dos meus sessenta anos, quando escuto esta palavra ja me vem a cabeça uma mulher e um homem, super casados. Ate felizes.
Quando penso em dupla, ja invoco um jogo de baralho ou dois sertanejos.
Prazer, o sexo.
Culpa, a gula ou pular a roleta do ônibus e cair no colo de uma senhorinha.
Denomios, os adolescentes. 
Pobre, os sem noção.
E por ai vai.
Desconstruir a fala. 
Parando para pensar com meus botões.


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E ai, continuo reclamando ou parto para a luta?

Realmente está complicado viver neste caos politico e economico que estamos vivendo aqui no Brasil.
Uma total desmoralização. Uma baderna.
Como não sou baderneira, como não sou corrupta, como não sou do mal, vou todos os dias com mais disposição vencer esta maluquice toda.
Trabalhar com mais afinco, cuidar mais da minha familia e agradecer.
Agradecer por estar viva. Por ter animo. Ter saude.
E ter garra para começar este dia com mais determinação e cuidado.
Bom dia quinta feira.

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Vontade enorme de viajar.
De morar em outro pais, conhecer outra cultura, conviver com outras pessoas.
Como seria morar em Portugal ou na Espanha?
Tenho pesquisado bastante sobre isto e me sinto cada dia mais tentada a atravessar o oceano. Comecar uma nova fase de minha vida.
Aos sessenta anos parece que meu prazo de validade esta cada vez menor e uma urgencia percorre meu corpo.
Este corpo, meu unico equipamento desta vida totalmente sobre minha responsabilidade demanda de reparos.
Caminhar e a primeira providencia. Se alimentar melhor vem junto.
Palpites e sugestoes sao bem vindos.
Vamos que vamos.

Pais que não crescem


Faço parte de uma legião de pais/mães que se recusam a crescer.
Pegando uns poucos sinônimos deste verbo CRESCER...
Desenvolver-se de forma progressiva:
Aumentar a quantidade:
Aumentar a intensidade:
Inchar, aumentando o volume:
Progredir, tornando-se mais próspero:
Investir contra alguém:
« crescendo « crescente « crescer » crescido » crescimento » 
concluo envergonhada que eu não amadureci.
Continuo presa a cria, sem pluralizar meu afeto.
Acompanho a 22 anos seu desenvolvimento físico, emocional e espiritual.
Presenciei todas as festas escolares, com certeza sim cheguei atrasada em quase todas, levei ao pediatra, tomou todas as vacinas.
Começou a beijar na boca, a viajar sozinha pais afora.
Porém a não decisão, a postura acanhada perante a vida, a demora em tomar um caminho, a dar a cara para bater, está me fazendo descrecer.
Descrecer... assim, como desconseguir, como fala os angolanos.
Minha cria tão linda, tão inteligente, tão habilitada cresce para dentro. 
Hoje questiono aonde foi que  pendurei minha capa de chuva, aonde esqueci minhas galochas.

Chove lá fora e aqui um calor do cacete.

Filha, amo você. Só que quero crescer. Me ajuda?

PORTUGAL

Ja estive em Portugal duas vezes. Agora quero ir de novo.
Procurando cidades para visitar cheguei em Obitos. Me parece ser um lugar bem interessante.
A igreja com ossos.
Estes foram os links que encontrei. Outros virao.

https://www.youtube.com/watch?v=QEI6Evm1iGI

http://www.matraqueando.com.br/obidos-portugal-a-cidade-perfeita


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Às minhas amigas, mães e filhas, um parabéns especial.
Ser mãe dá muito trabalho. Nossa, como cansa.
Parece que estes seres não estão satisfeitos nunca. Sempre querem mais. Mais.
E como reclamam. Caraca, quando a gente pensa que está agradando, não estamos.
Estes filhos, estas filhas. Que criaturas!
Ah, estas pessoas que nascem da gente, que nascem porque a gente escolheu, que acordam de mal humor e como custam a dormir.
Isto quando varam a noite acordados, sabe-se lá Deus aonde.
Filhos, filhas.
Que ficam doentes e saudáveis com uma rapidez meteórica.
Estes seres tão iguais a gente.
Feitos pela gente, e que são gente.
Nossos espelhos, nossos retratos.
Estes pequenos grandes somos nós!
São o nosso chão, o nosso lastro, nosso leme e nosso casco.
Filhos, filhas. Sempre no plural, pois mesmo um, são tantos.

Ontem eu dei um presente para minha filha. Um jogo de toalhas: banho, rosto e piso.
Sou tão feliz porque tenho uma filha, porque tenho ela.
Para variar ficou com aquela cara de interrogação, quando abriu o pacote: "toalhas, mãe!?" "de novo?"
- "você não gostou?"
- "gostei, mas por que você me dá toalhas?"
Por que eu dou toalhas para minha filha no dias das mães? Boa pergunta! Inteligente filha. Curiosa.
Pensa daqui, pensa de lá e conclui.
Eu lhe dou toalhas porque quero que ela seque todas as dores, todas as mágoas, todos os suores que eu acho que eu provoco com meu amor desmantelado.
Toalhas... é toalhas.
Para secar, ... e ficar linda para a Vida.
Feliz dia das filhas, feliz dia dos filhos, estas criaturas maravilhosas que dão sentido à nossa vida.
Sem vocês, ah, sem vocês, o mundo fica...
esquisito...
úmido...
sem toalhas.
Beijos, no coração de cada uma, minhas amigas, mães.
E obrigada filhos e filhas, que nos ensinam a amar!